O hospital a construir pela ADFP, em Miranda do Corvo, é útil aos Municípios de Miranda do Corvo, Poiares e Lousã. Jaime Soares apoia a concretização do projecto junto à Estrada da Beira.
O país tem “bons profissionais” na área da saúde, mas, afirma Jaime Soares, “tem um mau ministro e más políticas”.
Correia de Campos, acrescenta o autarca, “está a ser o causador de muitas mortes em Portugal e pessoas, que pela sua incompetência são causadoras de morte, só tem um nome. As pessoas que permitem que isto aconteça, só têm um caminho: a demissão”.
Perante a actual situação no sector da saúde, Jaime Soares reclama a intervenção do primeiro-ministro que “deve pôr termo rapidamente” à política definida por Correia de Campos.
De modo a resolver o problema da assistência médica à população do concelho de Vila Nova de Poiares, o autarca propôs a Fátima Ramos, presidente da Câmara Municipal de Miranda do Corvo, e a Fernando Carvalho, presidente da Câmara Municipal da Lousã, que o novo hospital, que a ADFP (Associação de Desenvolvimento e Formação Profissional) de Miranda do Corvo pretende construir, beneficie do apoio dos três Municípios. Jaime Soares elogia o trabalho desenvolvido pela ADFP, “que tem um grande dirigente, com grande competência técnica e profissional, Jaime Ramos”, e sugere que “o novo hospital seja construído na Estrada da Beira, junto ao restaurante Varandas do Ceira, num projecto público-privado”.
A nova unidade de saúde, afirma o autarca, “tem toda a razão de ser e deverá integrar serviços de pequena cirurgia, internamento e boas urgências, o que não coloca em causa o serviço dos HUC, que tem ao serviço técnicos de grande capacidade e cuja principal preocupação é servir”.
Jaime Soares afirma que o caso do Hospital de Aveiro deve ser motivo de reflexão para o poder central e deseja que situações semelhantes não ocorram nos HUC. “ tenho ido aos HUC várias vezes e, como bombeiro, posso relatar os bons serviços que são prestados, os tempos de demora e o drama de quatro ou cinco chamadas de ambulância numa hora, para transporte de doentes para os HUC. E se os bombeiros não tivessem esta capacidade?”, questiona.
Muitas vezes, conta, “os bombeiros não recebem, pois não são passadas credenciais e são os utentes, que muitas vezes não têm dinheiro para comer ou pagar os medicamentos, que suportam esta despesa”.
A população idosa “é a que mais sofre” e, ao fim-de-semana, a situação é dramática, já que “ás 18H00 já não existe quem atenda, o que é grave, pois quem necessita de assistência pode falecer entre Poiares e Coimbra. Nos casos mais simples, o recurso aos HUC é também inevitável e tem custos que podiam ser reduzidos através de um serviço de proximidade”.
A concretização do projecto da ADPF é, assim, essencial e, segundo o autarca, “deverá contar com o apoio do Estado, pois não é só destruir serviços, conduzindo à desertificação do interior”.
Na análise à situação do sector da saúde, o presidente da Câmara M. de V. N. de Poiares considera, ainda, que “os capitães de Abril que estão vivos, devem ter terríveis problemas de consciência e os que faleceram, devem rebolar-se no caixão perante o que se está a passar”.
Jaime Soares lembra “as grandes lutas para que este país fosse diferente” ao lado de “grandes companheiros”, como Fernando Vale e Fausto Correia ou outros, “que felizmente estão entre nós”, como Manuel Alegre e António Arnaut. “É um exemplo dessa luta quando falamos da criação do Serviço Nacional de Saúde. Esta já não é a minha revolução dos portugueses, pois existem indivíduos que colocam em causa o próprio sistema democrático através dos ataques aos sectores da saúde, educação e cultura em que não se cumprem os protocolos”, acrescenta.
O Quadro de Referência Estratégica Nacional é outro capítulo “quente” para o autarca.
“Se os Municípios não forem capazes de dar a volta, o Governo fará a gestão das verbas a seu belo prazer e, como afirma o meu colega de Penalva do Castelo, uns comem e outros cheiram, o que não podemos aceitar”, considera.
Os Municípios, acrescenta, “não querem mais dinheiro, pretendem unicamente o dinheiro que o Estado gasta, pois, com o mesmo dinheiro, fazemos melhor”.
O PS está a preparar “uma regionalização que não minimamente justificável”, mas face às decisões do Governo, garante, “não resta outra solução que não seja a criação das regiões administrativas com autonomia política, económica e até legislativa”, existindo a necessidade de equacionar o papel das juntas de freguesia e até das autarquias.
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