O lousanense Luís Gregório estreou-se na Volta a Portugal quando tinha apenas 18 anos. Manteve-se nas corridas até aos 38 anos, vencendo uma etapa na Volta. Hoje, com 59, ainda faz frente aos mais novos. No seu tempo, as condições eram outras e não teve qualquer receio de falar delas ao Trevim
Qual foi o momento mais marcante da sua carreira desportiva?
Entrar para o Sangalhos. Claro que tive de prestar boas provas para ir. Entrei num clube em Coimbra e de lá, fui para o Sangalhos, um grande clube.
Como começou a sua carreira desportiva?
Comecei no Clube Desportivo Lousanense como jogador de futebol. Joguei nos juniores, juvenis. Mas vi que aquilo não dava. O meu físico não ajudava, não era grande coisa para o futebol. Era baixo.
A minha mãe nunca me disse nada, mas eu chegava a casa com as canelas todas esfoladas. Depois fui a Foz de Arouce ganhar uma corrida de bicicleta, com uma pasteleira, e daí fui convidado para ir para Coimbra. Posteriormente, fui para o Sangalhos.
Recorda-se de lhe chamarem o Charlton?
Sim, eu era pequenito. O Bobby Charlton era um jogador inglês, o rival do Eusébio naquela altura.
Acumulava a profissão de carpinteiro com a de ciclista. Conciliava bem as duas atividades?
Conciliava, mas com muito trabalho. Houve uma altura em que tive de optar e só ia trabalhar como carpinteiro no inverno.
Todos os patrões que tive foram muito bons para mim. O senhor Vasco era muito meu amigo.
No seu tempo, era mais lucrativo andar no ciclismo do que hoje…
Naquela altura ganhava-se um bom dinheiro
(Continua na edição impressa do Trevim 1218)
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